Depressão pode antecipar envelhecimento, diz pesquisa

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Imagem: (Foto Divulgação)

Uma análise divulgada na revista Biological Psychiatry, adverte que o stress e a depressão podem apresentar uma ligação direta no processo de envelhecimento. De acordo com o estudo, as duas condições possuem uma propriedade em comum: um encolhimento espontâneo dos telômeros, que é o identificador cromossômico do envelhecimento do corpo. Isso significa que, do mesmo modo que pessoas estressadas tendem a envelhecer mais rápido, aquelas que sofrem de depressão correm o mesmo risco.

O stress possui diversas consequências lesivas no corpo humano. Algumas dessas consequências podem ser sentidas, como perda de cabelos e dores no estômago. Outras, todavia, são invisíveis, como o encolhimento dos telômeros. Pesquisas atuais já vinham relacionando o stress com a depressão a um encolhimento precoce dos telômeros.

A reação humana ao stress é regulada pelo eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA). Esse eixo administra as taxas de cortisol no organismo – mudanças no número de hormônio pode advertir condições de stress. O eixo HPA tende a não trabalhar perfeitamente em indivíduos com depressão e/ou doenças ligadas ao stress.

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Análise

Na análise, os pesquisadores avaliaram o comprimento dos telômeros em indivíduos com depressão e em indivíduos saudáveis. Foram avaliados ainda os graus de stress, tanto biologicamente, pelo cortisol, quanto subjetivamente, através de questionários. Foi observado, que o tamanho dos telômeros eram menores em pessoas com depressão – o que confirmava as proposições anteriores.

De acordo com o chefe do estudo, Mikael Wikgren, a descoberta adverte que o stress possui um atuação fundamental na depressão. “O comprimento dos telômeros era especialmente mais curto em pacientes com sensibilidade demais no eixo HPA. Essa resposta ao HPA foi relacionada ao stress crônico e à baixa habilidade em lidar com o stress”, diz.

A ligação entre o stress e o encolhimento dos telômeros vem crescendo espantosamente. “As descobertas atuais sugerem que os níveis de cortisol podem contribuir para o processo, mas não é claro ainda se o comprimento dos telômeros tem um significado além de biomarcador”, diz John Krystal, editor do Biological Psychiatry.

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