Consumo de ômega 3 durante gravidez pode evitar sintomas de depressão no bebê

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Uma pesquisa realizada recentemente revelou que as mães que consomem ômega 3 durante a gravidez podem evitar a depressão dos filhos. Os resultados do estudo foram apresentados na Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), em Águas de Lindoia.

Consumir ômega 3 durante a gravidez evita que o bebê seja deprimido. (Foto:Divulgação)

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Ômega 3 para evitar a depressão em bebês

Alguns trabalhos anteriores já tinham comprovado que o ômega 3 é capaz de aliviar os sintomas da depressão, mas esta pesquisa se concentrou em avaliar o poder do nutriente na gestação. Depois de análises realizadas com ratos de laboratório, constatou-se que existe uma relação direta entre a ingestão desse ácido graxo poli-insaturado com a melhora do comportamento do bebê.

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Para chegar à conclusão de que o ômega 3 durante a gravidez combate os sintomas de depressão em bebês, a pesquisadora Anete Curte Ferraz, do Laboratório de Neurofisiologia da Universidade Federal do Paraná, realizou um estudo aprofundado com ratas grávidas, que receberam suplementos durante todo o período gestacional e mais 21 dias após o parto.

Com três meses de vida, os filhotes foram submetidos a testes de natação. Eles poderiam manifestar três formas de comportamentos capazes de indicar os níveis de depressão. Se ficassem imóveis na água, estavam deprimidos. No caso dos animais nadarem, liberariam serotonina. Já se escalassem as paredes da piscina, apresentariam a liberação de noradrenalina.

As ratas grávidas receberam suplementos de ômega 3 durante a pesquisa. (Foto:Divulgação)

Depois de fazer os testes e avaliar os resultados, descobriu-se que os animais que receberam suplementos de ômega 3 durante a gestação e amamentação apresentaram maior redução de imobilidade, ou seja, liberaram serotonina ao nadar.

De acordo com Anete Curte Ferraz, a ação benéfica do ômega 3 acontece graças aos seus componentes: ácidos graxos docosahexaenoico (DHA) e eicosapentaenoico (EPA). Ambos se revelam capazes de modular o 5HTIA, também conhecido como o receptor de serotonina. Este recurso está localizado em regiões do cérebro responsáveis pelos sintomas da depressão, ou seja, no hipocampo e no córtex cerebral. Com o estímulo da produção de serotonina, o humor é automaticamente regulado.

Com a ingestão de ômega 3, as células nervosas dos ratos conseguiram sobreviver e produzir a serotonina no combate a depressão. Acredita-se que o organismo humano é beneficiado com este mesmo efeito. A coordenadora da pesquisa ainda afirmou que a suplementação com ômega 3 durante a gestação contribui com o desenvolvimento cerebral do feto.

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Alimentos com ômega 3

Os peixes são ricos em ômega 3. (Foto:Divulgação)

A suplementação com óleo graxo poli-insaturado é uma forma de fornecer o ômega 3 para o organismo, mas existem alimentos que são ricos neste composto. Confira as opções alimentares:

– Peixes, como salmão, atum, bacalhau e sardinhas;

– Frutos do mar, como camarões, mariscos e lagostas;

– Azeite e óleo de canola;

– Nozes e castanhas;

– Linhaça;

– Amêndoas.

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