Consumo de maconha na adolescência pode reduzir QI

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Um estudo desenvolvido por médicos dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha, e da Nova Zelândia revelaram que o consumo de maconha na adolescência pode reduzir QI, ao passo que prejudica o desempenho da memória e da inteligência. Os resultados completos foram publicados na última segunda-feira (27) nos EUA.

Maconha na adolescência pode causar danos para o resto da vida. (Foto:Divulgação)

A queda no QI foi de até oito pontos

Para chegar à conclusão de que fumar maconha regularmente reduz a capacidade intelectual, os pesquisadores elaboraram um levantamento considerando o quociente intelectual (QI) de mais de mil neozelandeses aos 13 anos e aos 38. O acompanhamento durou 25 anos.

Depois de avaliar os dados, os autores do trabalho constataram que, os usuários desde a adolescência apresentaram uma queda de oito pontos no QI. Já aqueles que não se renderam ao vício quando adolescentes, o quociente intelectual chegou a subir um ponto. Madeline Meier, psicóloga da Universidade de Duke e responsável pela pesquisa, argumentou que o QI normal possui uma estabilidade à medida que o indivíduo envelhece.

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Maconha desde a adolescência pode causar danos permanentes

A queda no QI dos usuários de maconha aconteceu justamente porque eles adquiriram o hábito durante a adolescência, período da vida no qual o cérebro ainda está em desenvolvimento. A redução na capacidade intelectual acontece ainda de forma permanente quando o indivíduo chega à fase adulta.

A redução na capacidade intelectual afeta a memória e o raciocínio. (Foto:Divulgação)

Os cientistas concluíram, então, que o cérebro do adolescente é mais vulnerável a droga, em comparação com o de um adulto. As pessoas que começaram a fumar maconha depois dos 18 anos não apresentaram capacidade intelectual reduzida. Já aqueles que consumiram a erva na adolescência, demonstraram déficits intelectuais, mesmo reduzindo o uso antes de completar 38 anos.

Na pesquisa, a queda do QI não considerou as diferenças de educação e o abuso de outras substâncias, como é o caso do álcool. Os médicos procuraram levar em conta apenas os efeitos da maconha no cérebro e como ela interfere nas habilidades cognitivas dos usuários.

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Madeline Meier destacou que, quanto mais cedo o jovem começa a fumar maconha, mais permanentes são os efeitos da droga no desempenho intelectual. Ela declarou ainda que as substâncias contidas na maconha interrompem os processos normais do cérebro, prejudicando habilidades como raciocínio e memória a longo prazo.

Fumar maconha na adolescência é mais perigoso porque o cérebro está em desenvolvimento. (Foto:Divulgação)

Embora não exista uma pesquisa mostrando que parar de fumar maconha na fase adulta reduz os danos causados ao cérebro, a pesquisadora acredita que a iniciativa de deixar a droga pode ter bons resultados na recuperação da capacidade intelectual.

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