De acordo com a pesquisa realizada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp), vinculada a Universidade de São Paulo (USP), os brasileiros consomem pouco a carne suína por razões culturais. Isso porque a imagem do animal é vinculada a sujeira, no entanto, o estudo demonstrou que o sabor da carne de porco agrada mais os brasileiros que demais carnes. O que contribuiu para a criação desse mito é que o suíno, até meados dos anos 50, era criado para a comercialização de sua banha, por isso a carne de porco tem fama de gordurosa.
Com a proliferação do óleo de soja na mesa dos brasileiros a banha perdeu o espaço e o suíno ficou mais magro, ou seja, a valorização da carne readequou os porcos a realidade nacional, porém a cultura do brasileiro continua praticamente a mesma com relação a carne de porco: suja, que pode transmitir doenças graves e inimiga número um dos hipertensos. A realidade mudou e hoje a carne de porco pode ser cortada e preparada de uma “forma magra”, com baixas taxas de gordura.
Para se ter uma ideia existe 15 cortes aprovados pela National Hear Foundation, nos Estados Unidos da América (EUA). Os melhores cortes são paleta, lombo e pernil, em que as porções cruas de 100 g possuem respectivamente 102, 158 e 137 calorias e 2 g, 9 g e 6 g de gorduras. Em uma comparação com carnes considerada menos calóricas, essas partes do porco possuem menos calorias. Por exemplo, o peito do frango possui 114 calorias e 2g de gordura, já a parte nobre do boi, o filé-mignon, possui 193 calorias e 12g de gordura.
O preparo também é fundamental para manter o baixo índice de calorias e gordura da carne em questão. Evite adicionar ao prato suíno frituras e bacon. Lembre-se que a ingestão de gordura é necessária para o bom funcionamento do organismo, porém em taxas baixas. Sendo assim, a carne bovina é bem-vinda em até quatro refeições por semana, de preferência em dias diferentes, e a quantidade indicada não passa de 100g por refeição.
Para garantir a qualidade da carne suína procure comprar em locais confiáveis, com alvará concedido pela vigilância sanitária e com uma certificação que comprove a origem da mesma. Essas dicas são validas não só para a carne de porco, mas também para qualquer outro tipo de carne, já que todas podem ser causadoras de algum mal à saúde se não forem manuseadas em um ambiente adequado e se o animal não for bem cuidado desde seu nascimento.
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