Cartilha para evitar gravidez de feto anencéfalo

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A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lançou na última quinta-feira (30) uma cartilha para evitar a gravidez de feto anencéfalo. Este material deve orientar as mulheres grávidas ou as que pretendem engravidar sobre como prevenir a anencefalia. A cartilha foi apresentada oficialmente durante um congresso em São Paulo.

Uma cartilha foi elaborada para prevenir gravidez de feto anencéfalo. (Foto:Divulgação)

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Medidas preventivas contra a má formação do feto

O texto da cartilha, que foi baseado em uma orientação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, tem como principal objetivo alertar sobre a importância de consumir suplemento de ácido fólico. A substância, quando administrada adequadamente, evita 75% das malformações cerebrais.

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Além de prevenir que o feto nasça sem cérebro, a cartilha também expõe outros problemas capazes de afetar o bebê durante a seu desenvolvimento no ventre materno. O material faz ressalvas para a espinha bífida, um problema no qual a coluna não se fecha por completo e a medula fica para fora do corpo. Outro defeito abordado pela cartilha é a encefalocele, na qual a abertura do tubo neural acontece no crânio, causando uma elevação com líquido e massa cerebral.

Estima-se que 3 milhões de folhetos serão distribuídos nos consultórios brasileiros nos próximos meses. O Febrasgo está propondo ainda que os ginecologistas tenham uma conversa com suas pacientes, explicando os riscos da anencefalia e as medidas preventivas para evitar a formação de um feto sem cérebro.

O material orienta sobre a importância de consumir ácido fólico. (Foto:Divulgação)

Sob a supervisão médica, a mulher deve fazer uma suplementação oral de 400 microgramas de ácido fólico por dia, pelo menos um mês antes de engravidar e durante os outros três primeiros meses de gestação.

Sabe-se que 58% das mulheres não planejam a gravidez e descobrem a existência do feto depois dos dois meses. Os médicos alertam que neste estágio o tubo neural já pode estar formado, o que dificulta evitar uma má-formação. Por mais que o diagnóstico da gravidez aconteça depois do segundo mês, a mulher não deve ingerir maiores doses de ácido fólico para compensar o tempo sem o composto, afinal, não terá resultados e pode até prejudicar a saúde, devido à sobrecarga de nutrientes.

A gestante deve incluir no seu cardápio alimentos que possuam ácido fólico, tais como as folhas verdes escuras (couve, brócolis e espinafre), feijão, lentilha, suco de laranja, carne de fígado, ervilha, milho, amendoim e morango. Caso a quantidade do composto seja insuficiente, ela deve recorrer a um suplemento alimentar.

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Um mês antes e nos três primeiros meses de gestação, mulher deve consumir suplementação oral de 400 microgramas de ácido fólico por dia. (Foto:Divulgação)

Pontos abordados pela cartilha

Em sua primeira parte a cartilha explica sobre o DTN (Defeito do Tubo Neural), adotando uma linguagem de fácil compreensão e imagens ilustrativas. Em seguida, o material fala a respeito da importância do ácido fólico para prevenir a má-formação.

Acesse a cartilha de prevenção de anencefalia.

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