Campanha de Incentivo ao Parto Normal

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Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde cerca de 70% das mulheres dizem que preferem parto normal no início da gravidez. Só que, no final da gestação, cerca de 80% das mulheres que têm planos de saúde optam pela cesariana. Entre as gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de cesarianas é de 26%.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também fez pesquisa parecida e concluiu que cerca de dois terços das mulheres com plano de saúde dizem querer parto normal no início da gravidez. Só que, na hora do parto, mudam de idéia e apenas um terço realmente faz parto natural ou normal. Segundo a gerente assistencial da ANS, Martha Oliveira explica que alguma coisa acontece durante a gravidez, o que acaba convencendo as mulheres que a cesariana é melhor.

São vários os fatores que levam as mulheres a mudarem de idéia. Como por exemplo, o medo do parto normal: de que ele é dolorido e traumático, e que a cesariana é mais segura e chique.
Muitas coisas contribuem para esse tipo de pensamento, por exemplo: quando um parto é mostrado na televisão é que na cesariana a mulher está cercada por médicos e aparelhos de última geração, estando ela calma, tranqüila e sem dor. Mas, no parto normal a mulher aparece descabelada e sentindo muita dor.

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O que acontece também, de acordo com a Martha Oliveira, a grande diferença entre as mulheres que têm plano de saúde e as que são assistidas pelo SUS na hora do parto normal, pode estar no acompanhamento. No sistema de saúde público, o parto é feito pelo médico plantonista, que tem tempo disponível para acompanhá-la.

Uma das grandes questões apontadas pela gerente da ANS, é a formação dos médicos, voltada para o incentivo à cesariana visto ser menos trabalhosa e demorada que um parto normal. De acordo com ela, a mudança de idéia entre as gestantes, que acabam preferindo à cesariana, também está associada a isso.
O parto normal é bem demorado, obrigando o médico a deixar o consultório uma tarde inteira, desmarcar outras cesáreas. Uma das soluções apontadas para resolver isso seria, por exemplo, convencer o médico a colocar uma equipe de enfermeiros acompanhando a paciente e ele só chegaria para fazer realmente o parto.

A ANS vai realizar um encontro no Conselho Federal de Medicina (CFM) esta semana, onde será discutido esse assunto com os médicos.
O Ministério da Saúde iniciará campanha com o objetivo de incentivar as mulheres a fazer parto normal. Voltada para gestantes, familiares e médicos, a Campanha de Incentivo ao Parto Normal será veiculada no rádio, na televisão, internet e outros meios de comunicação até 2010.

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