O câncer é considerado uma doença silenciosa, que exige atenção para seus sintomas e indícios. Um destes cânceres é o de pele, que de acordo com informações do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é o tipo mais frequente, respondendo por cerca de 25% dos tumores malignos registrados no Brasil. Diante disso, médicos e especialistas tem pesquisado formas de tratamento menos invasivas para o paciente. Uma destes tratamentos novos também é brasileiro: a fototerapia dinâmica.
O que é a fototerapia dinâmica?
A nova terapia foi desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos e visa utilização antes de cirurgia, indicada no combate aos carcinomas, que é o tipo mais frequente da doença e só no ano passado afetou mais de 120 mil brasileiros. Consiste no tratamento de tumores com luz vermelha em alta potência.
Inicialmente uma pomada é passada sobre a pele e exposta a radiação ultravioleta, para identificação do tumor. Uma vez com o diagnóstico confirmado, o tratamento com a luz vermelha provoca reações capazes de matar as células cancerígenas. Um procedimento com tempo de duração estimado em quatro horas e do qual é possível fazer o acompanhamento na hora.
Efeitos colaterais e índices de cura
De acordo com os pesquisadores que trabalham em seu desenvolvimento, a terapia fotodinâmica não apresenta efeitos colaterais, não precisa de internação e pode ser repetida diversas vezes e agora está sendo usado em diversos centros médicos espalhados pelo país e selecionados para testar o tratamento. Até o momento está presente em 200 hospitais e postos de saúde e atenderam a 200 pacientes, obtendo resultados satisfatórios, com tumor eliminado em 90% dos casos.
Os melhores resultados estão no tratamento de tumores em estágio inicial, onde seus resultados permanecem bastante expressivos. O carcinomas em si são formas menos agressivas de câncer de pele e obtém maiores chances de cura caso sejam descobertos de forma precoce, porém esta terapia promete eliminar os incômodos de sessões de radioterapia, que é o tratamento mais utilizado.
Há expectativas de que o programa possa ser adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caso supere ou mantenha o seu índice de cura em 90%.
Quando procurar um médico?
De acordo com informações do INCA, é possível fazer um auto-exame da pele para identificar possíveis sinais da doença.
Este exame consiste em estar de frente ao espelho, com braços e levantados e examinar o corpo de frente e de costas, do lado esquerdo e direito, observando cotovelos, mãos, antebraços, braços e axilas, partes de trás, lados e frente das pernas, sem esquecer a região genital, além das costas e nádegas. Examine também a planta e o peito dos pés e espaços entre os dedos. Com um espelho de mão e escova, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas.
Neste auto-exame, você deve procurar por:
- Manchas que apresentam coceira, ardência, descamação ou sangramento.
- Feridas que não cicatrizam em quatro semanas.
- Pintas ou sinais que apresentam mudança de formato, tamanho ou cor.
- Mudança na textura da pele ou dor.
Havendo algum destes sinais, procure ajuda médica para um diagnóstico adequado. Quanto antes detectado, mais chances de tratamento e cura da doença.
Como se proteger do câncer de pele?
De forma geral, o INCA recomenda evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h. Além do uso de proteção adequada como bonés, chapéus e especialmente o filtro solar com fator mínimo de proteção 15, mesmo que o dia esteja nublado ou chuvoso. A proteção do filtro solar não dura o dia todo, portanto o produto deve ser reaplicado a cada duas horas.
Fique atento. Qualquer alteração ou sinal de alerta conforme descrito acima procure seu médico.
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