Durante a última noite, manifestantes e policiais entraram em confrontos em aldeias xiitas relativamente distantes do circuito de Sakhir, onde acontecerá o primeiro treino livre para o Grande Prêmio de Fórmula 1 do Bahrein. O movimento “Jovens de 14 de fevereiro” convocou os manifestantes, que prometeram atitudes drásticas, e se reuniram nas localidades xiitas ao redor de Manama.
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar o protesto.
Algumas pessoas envolvidas na manifestação lançaram coquetéis molotov contra os soldados. O Bahrein, pequeno reino insular do Golfo Pérsico, vive uma crise política há mais de 12 meses, onde os manifestantes a favor da democracia são reprimidos de modo violento, durante a chamada Primavera Árabe.
Os ativistas, que em sua maioria são xiitas, querem a queda do regime do rei Hamad bin Isa al-Khalifa e da família real sunita. Em 2011, por causa da crise política que assolava o país, o Grande Prêmio de Fórmula 1 foi cancelado. Além disso, a edição desse ano do evento só foi confirmada na última hora, na semana passada.
Em uma nota oficial, as autoridades do país disseram que “alguns perturbadores e vândalos foram detidos por tomarem parte de comícios e reuniões ilegais, bloquearem estradas e ameaçarem a vida das pessoas ao atacá-las com bombas de gasolina, barras de ferro e pedras”.
Representantes da oposição disseram que 95 organizadores foram detidos em ações policiais noturnas nessa última semana, e que 54 pessoas foram feridas nos confrontos. No entanto, a polícia local não confirmou essas informações. Por enquanto, não foram anunciados reforços na segurança do GP de Fórmula 1, mas devido aos últimos acontecimentos isso deve acontecer.
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