Anemia ferropriva na gravidez: como tratar

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A anemia é um problema de saúde bastante comum no período gestacional e pode resultar em prejuízos maternos e fetais. É muito importante ficar atenta à doença e realizar o acompanhamento pré-natal de forma regular, para que eventuais alterações possam ser diagnosticadas precocemente. Fique por dentro do assunto e saiba como tratar anemia ferropriva na gravidez.

A anemia é um problema bastante comum em grávidas. (Foto: divulgação)

Confira os mitos e verdades sobre a anemia.

Como diagnosticar anemia ferropriva

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a anemia é definida como níveis de hemoglobina inferiores ou iguais a 11 g/dL. Entretanto, é possível que os valores de hemoglobina, bem como o hematócrito e a contagem total de glóbulos vermelhos, variem na gestante, em decorrência da necessidade fisiológica de aumento da massa eritrocitária. Esses índices podem se encontrar diminuídos mesmo em mulheres saudáveis com gestação não complicada.

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Portanto, especificamente no caso da gestante, é necessário adotar outros critérios para diagnosticar a anemia. Os índices corpusculares, especialmente o volume corpuscular médio (VCM), não variam em decorrência do volume plasmático, tendo grande valia no diagnóstico de anemia. De acordo com a variação do VCM é possível definir três diferentes tipos de anemia:

  • Microcíticas: quando VCM é menor que 85 dL;
  • Normocíticas: quando VCM está entre 85 e 95 dL;
  • Macrocíticas: quando o VCM é maior que 95 dL.

A anemia ferropriva é a anemia carencial mais comum nos indivíduos. Ela se manifesta, laboratorialmente, com a diminuição do volume corpuscular médio e hipocromia associados a alterações nos níveis de hemoglobina.

Dados laboratoriais são fundamentais para determinar a forma de tratamento. (Foto: divulgação)

Como tratar anemia ferropriva na gravidez

Toda gestante deve realizar as consultas pré-natais de forma regular, pois além da importância do acompanhamento com especialista, o hemograma é solicitado logo na primeira visita ao médico e vai ajudar a definir a forma de tratamento:

  • Hemoglobina ≥11 g/dl

Indica ausência de anemia. Ainda assim é recomendado manter uma dose de suplementação de sulfato ferroso e ácido fólico a partir da 20ª semana, para prevenir eventuais complicações fetais.

  • Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl

Anemia moderada a leve. Nesses casos é necessário o uso de sulfato ferroso em doses mais elevadas para o tratamento da anemia. Além disso, é necessário repetir o hemograma dentro de 60 dias e após iniciar a 30ª semana de gestação. Caso os níveis de hemoglobina continuem diminuindo, a futura mamãe deve ser encaminhada ao serviço de gestação de alto risco.

  • Hemoglobina < 8 g/dL

Esses casos indicam anemia grave e a gestante deve ser encaminhada imediatamente ao serviço de gestação de alto risco. Caso haja alterações na série branca ou plaquetas, o mais recomendado é encaminhar ao hematologista e realizar hemotransfusão.

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Saiba quais são os sintomas de anemia profunda.

As consultas pré-natais são importantíssimas para a gestante e seu bebê. (Foto: divulgação)

A anemia é um problema bastante comum na gestante e pode causar prejuízos à mãe e ao feto. Felizmente esse problema é facilmente diagnosticado e os exames para rastreio são realizados logo na primeira consulta do acompanhamento pré-natal. O sulfato ferroso é a medicação usada para tratar a anemia carencial, mas é fundamental que a dose adequada seja prescrita por um médico devidamente qualificado, sendo contraindicada a automedicação.

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