Acidentes domésticos com crianças: o que fazer, primeiros socorros

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As crianças correm riscos diariamente

Os acidentes domésticos ocorrem porque os pequeninos são muito curiosos e não têm a capacidade de avaliar uma situação perigosa. Para eles, qualquer objeto pode se transformar num brinquedo.

A melhor maneira de evitar os acidentes domésticos é através da prevenção: deixar panelas no fogão sempre com o cabo voltado para dentro; tampar tomadas; guardar remédios e produtos de limpeza em armários altos e tomar muito cuidado com objetos pequenos. Porém, por mais que se tome cuidado, algum acidente pode acabar acontecendo.

Saiba o que fazer nas situações mais comuns de acidentes domésticos.

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Esfolados e arranhões na pele

O primeiro passo é lavar a região com água e sabão, que deve ser, preferencialmente, de glicerina ou de coco. A criança pode reclamar de dor, mas é importante que os pais saibam que essa medida para previne infecções. A lavagem deve durar, pelo menos, 2 minutos.

Em seguida,  pode ser feito um curativo simples, cobrindo o ferimento com gaze limpa, que deve ser fixada com esparadrapo.

Se o ferimento estiver sangrando intensamente, o jeito é comprimir o local com outra gaze limpa até que a hemorragia pare ou que o socorro chegue.

É importante lembrar-se de prestar atenção no objeto que causou o ferimento, porque, caso esteja sujo ou enferrujado, pode ser necessária a vacina antitetânica, se a carteira de vacinação não estiver em dia.

Cortes

Se o corte for pequeno, devem ser tomadas as mesmas medidas do caso de esfolados e arranhões, ou seja, lavar bem e fazer compressão com pano limpo até parar o sangramento e em seguida, cobrir com um curativo simples.

Em casos de cortes mais profundos, após lavar o ferimento com água e sabão e comprimi-lo com pano limpo, a criança deve ser encaminhada para o Pronto-Socorro acompanhada da carteira de vacinação.

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Para ganhar tempo, a dica é acionar o serviço de emergência, e, enquanto espera a chegada da ambulância, prestar os primeiros socorros à criança e fazer compressão do local sangrante.

Em qualquer atividade uma criança pode se machucar

Queimaduras

Compressas umedecidas em água fria ajudam a reduzir a dor. Se a região queimada for mais periférica, como braços ou pernas, poderá ser mergulhada diretamente na água fria, mas sacos de gelo nunca podem ser colocados diretamente em contato com a região, pois acabam grudando na pele e provocam mais dano tecidual.

Ir para baixo do chuveiro pode não resolver o problema, porque a intensidade que as gotas batem na pele é o suficiente para provocar dor no indivíduo que sofreu queimadura.

Na ausência de água fria, deixar a ferida sob água corrente, por pelo menos 2 minutos, ajuda a diminuir a profundidade da queimadura, porém, não tem tanta eficácia na diminuição da dor, uma vez que temperaturas mais baixas têm efeito anestésico.

Em seguida, a região afetada deve ser deixada sem nada por cima, e anéis ou pulseiras devem ser retirados antes que o inchaço possa dificultar essa tarefa e trazer mais complicação.

Se houver bolhas, o indicado é não mexer nelas e deixar para o médico tomar as devidas providências.

Por serem curiosas, costumam correr muitos riscos, como o de colocar o dedo na tomada e se queimar

Fraturas

Sempre que houver suspeita de fratura, o auxílio médico é indispensável e ligar para o socorro é a primeira coisa a se fazer. Enquanto se espera pelo atendimento especializado, medidas simples podem ser tomadas para garantir mais conforto como: manter a criança numa situação confortável, não movimentar nem a vítima nem a região fraturada e não tentar colocar talas (se colocada da forma errada, pode acabar resultando em lesões nos vasos e nervos).

Em fraturas expostas, nunca se deve tentar colocar o osso na posição correta. Além de deixar a criança numa posição confortável e evitar movimentá-la ao máximo possível, é importante cobrir a região com uma compressa bem limpa e úmida.

Engasgos

Sempre que um alimento, líquido ou sólido, ou um objeto vai parar nas vias respiratórias, dificultando a passagem de ar, chamamos de aspiração, que é o nome técnico do que, popularmente se conhece como engasgo.

Se a obstrução for parcial, a tosse é um reflexo natural para essas situações e não deve ser interrompida. Se houver vômito, a cabeça da criança deve ser virada para a lateral, evitando que os restos alimentares também sejam aspirados.

Se a obstrução for total e a criança não consegue respirar, é preciso iniciar a manobra de Heimlich.

  • Bebês: A criança deve ser virada de bruços, sendo apoiada por um dos braços do adulto e com a cabeça mais baixa do que o restante do corpo. Em seguida, 4 golpes entre as escápulas (antigamente chamadas de omoplata) são necessários para expelir o corpo estranho.

Se o primeiro passo não der certo, vire a criança de frente e faça 4 compressões na região entre os mamilos, usando 2 dedos.

Se o segundo passo também não funcionar, deve-se tentar retirar o corpo estranho utilizando o dedo mínimo.

  • Crianças maiores: o adulto deve se posicionar atrás da criança. O punho da mão dominante deve ser fechado com polegar voltado para dentro e posicionado na região entre o umbigo e o esterno (osso do meio do peito, onde se juntam as costelas). A outra mão, espalmada, deve ser apoiada na primeira e, com movimento rápido, ambas devem ser puxadas em direção ao socorrista, perpendicularmente (fazendo o movimento da letra J).
Técnica para desengasgar

Por mais que se tome cuidado, os acidentes podem acontecer. O jeito é prestar atenção nas dicas e treinar as manobras para que, caso um dia precise, possa fazê-las da forma correta e salvar vidas.

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