2011: Pacificação da comunidade da Rocinha

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A Rocinha é uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro e aparece como uma das mais populosas da capital carioca. Por muito tempo o território foi dominado pelo tráfico de drogas e despertou medo nos moradores, mas há poucos dias a Rocinha tem desfrutado de uma atmosfera mais tranquila graças a recém-pacificação.

As comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu foram ocupadas por oficiais da polícia no dia 13 de novembro de 2011. A operação na favela teve como finalidade beneficiar os moradores que vivem à margem da criminalidade e também transformar a região em um lugar mais seguro e até favorável ao turismo. A Operação Choque de Paz promete marcar uma nova etapa na história da periferia carioca.

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A partir das 4 horas os policiais militares e civis iniciaram a operação, munidos de granadas, pistolas, bombas artesanais e outras armas. A apreensão de drogas e o fechamento de duas centrais clandestinas de TV foram episódios que marcaram o primeiro dia.

Cerca de 70 mil pessoas vivem na Rocinha, sendo que a região não possui um planejamento e nem oferece infraestrutura para a população. As melhorias com relação à segurança e aos serviços públicos já são propostas formuladas que sustentam a esperança de milhares de moradores.

A Rocinha terá que superar o seu passado, que foi marcado pelas ações de traficantes e diversas manifestações de violência. Dos confrontos que aconteceram entre policiais e criminosos ao longo de décadas, várias pessoas perderam suas vidas. No entanto, a realidade da Rocinha já está com os dias contados e a Operação Choque de Paz tem tudo para atuar como um divisor de águas na região.

Poucos dias antes de acontecer operação, a polícia prendeu o traficante mais procurado do Rio de Janeiro, Antônio Bonfim Lopes, mais conhecido como Nem. Os oficiais que prenderam o chefão do tráfico tiveram que agir estrategicamente, além de resistir às ofertas de propina. Outros traficantes foram presos na ação da Polícia Federal como Anderson Rosa Mendonça e Sandro Luis de Paula Amorim.

A retomada da Rocinha e as mudanças

Alguns habitantes da favela ainda hesitam falar sobre a operação e todas as melhorias previstas para os próximos anos. Já outras pessoas estão otimistas com a nova fase da Rocinha e com a construção de um lugar seguro para se viver, livre do tráfico de drogas. De acordo com o planejamento apresentado, os moradores da Rocinha serão beneficiados com novas oportunidades, como cursos e a construção de uma biblioteca.

A Polícia ainda vai atuar na mediação de conflitos na Rocinha, tal como fez nas outras favelas pacificadas. Apesar da violência e da falta de serviços básicos que afeta a região, é possível notar o crescimento econômico da Rocinha, que serviu de espaço para o surgimento de novas empresas, ainda que na condição de informais.

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A Rocinha é uma das favelas mais conhecidas do mundo, por isso o perfil de “comunidade recém-pacificada” trará grandes contribuições para o turismo. Novos moradores e até mesmo os antigos estão voltando a viver no território, atraídos pela promessa de paz.

Pacificar a Rocinha é, sem dúvidas, um grande desafio com o qual o governador do Rio de Janeiro terá que lidar. Será que não haverá um acordo entre traficantes e oficiais da PC ou PM? O chefão do tráfico Nem deu a entender nas suas declarações que isso nunca vai mudar. Agora, resta esperar para que as mudanças positivas sejam visualizadas.

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