20 de novembro – Dia da Consciência Negra

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Para quem se mantém atento às raízes brasileiras e sua ligação com a cultura africana, a data de 20 de novembro é considerada de suma importância. É nesta data que é comemorado o dia da consciência negra e também o Dia Nacional de Zumbi.

Este ano, a ocasião pode ser comemorada de forma oficial, visto que a presidente Dilma Roussef sancionou a lei que instituía a comemoração, lei esta publicada no dia 11 de novembro no “Diário Oficial da União”. A data para tal foi escolhida para lembrar o dia da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, ocorrido em 1695, que não por acaso, tem tudo a ver com o que se propõe a lembrar: a resistência dos cativos e também a celebração cultural.

A comemoração em si já havia sido instituída em janeiro de 2003, através da lei nº 10.639, que também tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira nas escolas. Porém, da mesma forma que sua instituição, o texto da lei publicada no Diário Oficial não decreta feriado oficial. Deste modo, ponto facultativo ou adesão ao feriado continua sendo uma decisão a critério de cada município.

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Zumbi foi o último líder do Quilombo dos Palmares, lugar onde nasceu. Em 1655, com poucos dias de vida, o bebê foi capturado por soldados comandados por Brás da Rocha Cardoso e entregue ao padre português Antônio Melo, que passou a chama-lo de Francisco. O rapaz fugiu de casa ao completar 15 anos, voltando para o quilombo e trocando o seu nome de Francisco pelo nome africano Zumbi, passando a lutar pela integridade de Palmares.

Porém, em 1678, quando o chefe do quilombo Ganga-Zumba assinou um acordo de paz com o Governo de Pernambuco, Zumbi rompeu suas relações com o líder e se transformou no chefe de Palmares, lutando com os demais quilombolas, que não haviam aceitado o acordo. Durante os anos de 1680 à 1691, sob sua liderança Palmares derrotou todas as expedições enviadas para dominá-la, porém Zumbi foi capturado em 20 de novembro de 1695. Neste mesmo dia, foi morto e teve a cabeça exposta em praça pública, tornando-se um mártir da causa abolicionista e da resistência.

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